Dor na lombar
É comum encontrarmos queixa de dor lombar no consultório de Osteopatia. Quando acompanhada de irradiação para o membro inferior no trajeto do nervo ciático, a primeira suspeita, que pode vir, inclusive do próprio paciente, provavelmente, será de uma hérnia lombar. É aí que temos que ter atenção, pois a disfunção pode estar no útero ( endometriose, miomas, tumores…), bexiga urinária ( infecção de repetição, cálculos vesicais…) ou alteração e disfunção renal, causando essa chamada “dor referida” que pode ser confundida por dor de hérnia discal.
Útero e bexiga
Atenção também que o útero e a bexiga urinária podem apresentar alguma doença ou estarem com sua mobilidade diminuída, tensionando ligamentos e os músculos adjacentes, podendo apresentar alteração de tônus.
Diagnóstico certo
O que quero passar para vocês é que qualquer uma dessas condições pode gerar dor no trajeto do ciático, o que pode levar a um diagnóstico errado se não forem feitas as devidas avaliações Osteopáticas.
Sendo assim, nesses casos, o tratamento do disco não terá efeito significativo sobre a dor e incapacidade do paciente.
Se a alteração no tecido responsável pelo sintoma, seja por falta de mobilidade tecidual, alteração ou patologia visceral, o osteopata terá que encontrar a causa desse sofrimento local que está gerando tal sintoma. Para isso, realizará testes específicos para cada tecido, estrutura e órgão, a fim de encontrar o real motivo da dor.
Se a dor for referida da víscera, esta pode estar disfuncional por estar menos móvel, porque tem uma alteração na sua inervação simpática (que vem da coluna toraco-lombar) ou porque tem alteração na sua inervação parassimpática (que vem do crânio ou nível sacral).
O osteopata, então, terá que intervir no local (víscera e/ou coluna vertebral e/ou crânio), para que o órgão (rim, bexiga, útero ou intestino) deixe de gerar dor que faz muitos acharem que é dor vinda de alguma degeneração discal.